terça-feira, 31 de março de 2009

O início Pt. 1

A paisagem é deprimente. É um deserto amarelado, com o céu negro, sempre sem estrelas. O horizonte se perdia em meio ao breu. Krasher, um ponto cinza cintilante no céu, era a única luz num mundo cercado de trevas. Cara, sou tão poético ás vezes, deve ser a vida de nômade... Estou chegando ao abrigo Konot, vou passar o dia ali. Segundo meu klevii, falta pouco para o Sol nascer.
O abrigo é um lixo. Isso, para o padrão dos abrigos humanos é o maior luxo que você pode esperar. Menos nas cadeiras. Minhas pernas Freytat doem quando eu sento em cadeiras humanas. As pernas deles têm uma só dobra, a minha tem duas, formando algo parecido com um “Z”. Mas a coisa que eu mais odeio em lugares humanos é o preconceito deles. Todos me olham estranho, só porque não sou da mesma raça que eles. Como se aquela pele macia rosada, envolta num couro marrom fosse bonita...
Bem, de qualquer jeito, aqui estou. Konot, o poço humano. O único abrigo do continente de Ulfrath. O próximo só daqui a três meses. Vou ter que arranjar algum lugar para ficar. Então vou para o único lugar que um viajante mal-visto pode ir: Num bar.
O bar, se é que pode ser chamado assim, é um buraco. Não, é um buraco mesmo. Literalmente. É um buraco com uma espécie de tecido em cima. A porta é um pedaço de plástico. A única diferença entre isso e as casas, é o barulho. E quê barulho! Estava lotado, cheio de humanos. Comecei a beber. Seria melhor que não tivesse feito isso...

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Bem, acho que não me apresentei. Sou Majur, mais conhecido como Matheus Pintor, escritor e desenhista. Postarei contos e desenhos. Então sentei e leiam!

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